Reserva Particular do Patrimônio Natural

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Minha RPPN e a Mata Atlântica 2017

“MINHA RPPN E A MATA ATLÂNTICA”

27 de maio é comemorado o Dia da Mata Atlântica – a floresta mais rica do mundo em diversidade de árvores! E que ainda vive sob a ameaça do desmatamento! Bom, mas para a FREPESP todo o dia é dia das florestas…

Mesmo reduzida e muito fragmentada, a Mata Atlântica abriga hoje mais de 20 mil espécies de plantas, das quais 8 mil são endêmicas, ou seja, espécies que não existem em nenhum outro lugar do Planeta.

Assim, em homenagem, na semana em que é celebrado o dia da Mata Atlântica, em 2017 a FREPESP, junto a RPPNistas, traz uma amostra sobre o tema chamada “Minha RPPN e a Mata Atlântica”, com a ideia de ‘degustar’ atividades e sentimentos de quem conserva, protege e vive na mata e da mata.

Na verdade, presente em 17 estados do Brasil, 72% da população brasileira depende dos serviços ambientais da floresta como:

*a regulação do clima,
*a qualidade do ar,
*a geração e abastecimento da água,
*fontes de alimentos, e
*inúmeros benefícios diretos e indiretos, principalmente para o desenvolvimento do nosso País.

Nosso lar! Mais que comemorar, vamos buscar atitudes e hábitos cada vez mais conscientes para proteger e conservar a Mata Atlântica…e toda a vida que nela há!

Vamos conferir! 

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“Minha RPPN e a Mata Atlântica”

‘Antes e Depois’ – Reflorestamento deu vida à RPPN Duas Cachoeiras

“Chegamos aqui sem nem saber o que era mata atlântica… Tudo aqui era pasto e café… Hoje, 80% da área é floresta e reflorestamento. Vivemos na mata atlântica – com a mata e da mata!”

“Todo o processo de recuperação iniciado em 1988 foi em função de preservar água e recuperar nascentes secas no sítio. E neste processo fomos aprendendo muito mais… conhecemos o que era medicamento e alimento.” (Parte I de II)

Guaraci M. Diniz Jr. – RPPN Duas Cachoeiras, Amparo/ SP
Sítio Duas Cachoeiras Agroecologia

Dia 27 de maio – Dia da Mata Atlântica! Preserve!
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“Minha RPPN e a Mata Atlântica”

RPPN Duas Cachoeiras é floresta semidecidual Mata Atlântica de altitude contrafortes da Serra da Mantiqueira

“Com o reflorestamento identificamos mais de 70 plantas que usamos como medicinais. Outras tantas usamos como alimento, outras ainda para fazer o tingimento natural das fibras, e diferentes delas, usamos as fibras para tecer os utensílios.”

“As abelhas voltaram e polinizaram. Há a beleza das flores em todas as estações do ano e poder contemplar tudo isso todos os dias é como estar em férias diariamente!”

“Para dividir, multiplicar e compartilhar tanta beleza da floresta e conhecimento, optamos a realização de cursos, vivências, mutirões e atividades pedagógicas.” (Parte II)

Guaraci M. Diniz Jr. – RPPN Duas Cachoeiras, Amparo/ SP
Sítio Duas Cachoeiras

Dia 27 de maio – Dia da Mata Atlântica! Preserve!
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“Minha RPPN e a Mata Atlântica”

“RPPN Fazenda Catadupa: Amor eterno e incondicional!”
Lauro Maia Cavalcanti – RPPN Fazenda Catadupa, São José do Barreiro/ Vale Histórico paulista

Hoje é a vez da RPPN Fazenda Catadupa – Preservação e Resgate Histórico …e sua bela vista para a Serra da Mantiqueira – vista do mirante da Fazenda que fica na Serra de Formoso, próxima a Serra da Bocaina!

Poema de Vinicius de Moraes enviado pelo RPPNista.

‘Sobre o dorso possante do cavalo
Banhado pela luz do sol nascente
Eu penetrei o atalho, na floresta.
Tudo era força ali, tudo era força
Força ascencional da natureza.
A luz que em torvelinhos despenhava
Sobre a coma verdíssima da mata
Pelos claros das árvores entrava
E desenhava a terra de arabescos.
Na vertigem suprema do galope
Pelos ouvidos, doces, perpassavam
Cantos selvagens de aves indolentes.
A branda aragem que do azul descia
E nas folhas das árvores brincava
Trazia à boca um gosto saboroso
De folha verde e nova e seiva bruta.
Vertiginosamente eu caminhava
Bêbado da frescura da montanha
Bebendo o ar estranguladamente.
Às vezes, a mão firme apaziguava
O impulso ardente do animal fogoso
Para ouvir de mais perto o canto suave
De alguma ave de plumagem rica
E após, soltando as rédeas ao cavalo
Ia de novo loucamente à brida.’

Dia 27 de maio – Dia da Mata Atlântica! Preserve!
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“Minha RPPN e a Mata Atlântica”

Para D. Edite da RPPN Sítio Primavera, em São Luis do Paraitinga/ SP, sua reserva é:

“”Um legado que deixamos às futuras gerações;

Conservação da biodiversidade e das águas dos nossos rios;

Uma garantia da minha convicção na preservação da floresta plena de vida e da sua segurança eterna;

Respeito e responsabilidade com a natureza e seu entorno;

Consciência da necessidade da preservação para todos os seres vivos.””

D. Edite – RPPN Sítio Primavera, São Luis do Paraitinga/ SP
Canteiros Sítio Primavera

Dia 27 de maio – Dia da Mata Atlântica! Preserve!
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“Minha RPPN e a Mata Atlântica”

Lindo depoimento da Tainá Carioba, filha do RPPNista Toni Carioba, herdeira da RPPN Reserva Ecológica Amadeu Botelho

“”Poder crescer em contato com a reserva foi muito importante para a forma como eu me relaciono hoje com a natureza.

Quando você se propõe a cuidar de um espaço como este acaba se envolvendo com questões ambientais e a partir disso desenvolvendo uma outra visão sobre as florestas e sua relevância para o equilíbrio ecológico.

A proximidade com a natureza desde criança foi fundamental para valorizá-la de modo mais profundo e, consequentemente, para o trabalho de educação ambiental.

Pois, se você não conhece e não compreende como tudo se relaciona com o seu dia-a-dia, você acaba não se importando e não se responsabiliza, não cuida.

Considerando que hoje temos menos da metade da cobertura original de Mata Atlântica, trabalhos de educação ambiental são extremamente importantes.

Além de incentivar a proteção do meio ambiente, possibilitam também uma melhor qualidade de vida e conscientização do indivíduo.

Fico feliz em saber que somando o que fazemos aqui em Jaú, mesmo que seja com apenas uma porção de mata protegida – estamos realizando um trabalho imprescindível para a manutenção de processos ecológicos e da biodiversidade.””

Tainá Carioba – RPPN Reserva Ecológica Amadeu Botelho, Jaú/ SP

Dia 27 de maio – Dia da Mata Atlântica! Preserve!
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“Minha RPPN e a Mata Atlântica”

Detalhes da floresta na RPPN Reserva Ecológica Amadeu Botelho, Jaú/ SP

Dia 27 de maio – Dia da Mata Atlântica! Preserve!
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“Minha RPPN e a Mata Atlântica”

O Pico da Pedra da Mina é o único, entre as 10 maiores montanhas do Brasil, protegido e preservado por uma Reserva Particular do Patrimônio Natural – RPPN

Fazenda Jaboticabal – Bairro do Entupido, Queluz/ SP, localiza-se na região da Serra da Mantiqueira, território do Mosaico Mantiqueira, num trecho denominado Serra Fina, na área de abrangência da APA da Serra da Mantiqueira e APA Mananciais do Rio Paraíba do Sul, na região do Vale Histórico paulista, entre as divisas de SP/RJ e SP/MG.

Com uma área de 632,82 hectares de conservação da diversidade biológica, a RPPN Pedra da Mina, na qual se encontram o pico da Pedra da Mina – em seu lado paulista, e a nascente do Rio Claro, protege uma importante área do Bioma da Mata Atlântica (constituída por Vegetação de Campos de Altitude e de Floresta Ombrófila Densa Alto Montana).

O Pico da Pedra da Mina – oficialmente a quarta montanha mais alta do Brasil, com 2798 metros de altitude, e a primeira mais alta do Estado de São Paulo e da Serra da Mantiqueira – é a montanha alcalina mais alta das Américas e sua formação geológica de milhões de anos.

Descendo por um caynon, a nascente do Rio Claro é considerada a mais alta do Brasil e da Bacia do Prata, a cerca de 2.500 m de altitude, e é protegida pela RPPN Pedra da Mina.

Os proprietários (casal na imagem abaixo – Sr. Ivan e Sra Lucia Monteiro) e filhos da família Monteiro protegem e conservam essa importante área da Mata Atlântica desde o ano de 1955. E, Sávio, um dos filhos, declara:

* “O objetivo sempre foi a preservação e proteção do Pico da Pedra da Mina e seu entorno – de diversas nascentes e campos de altitude. Além da mata nativa do bioma da Mata Atlântica, com sua flora e fauna existente no local, bem como ser modelo de preservação para proprietários vizinhos, que com o tempo, também estão criando suas RPPNs.”

* “Hoje já são 04 RPPNs criadas e 01 em processo de criação, formando um importante corredor da biodiversidade que protege cerca de 1.500 hectares na área da Serra da Mantiqueira e seu Mosaico de conservação. ”

* “E com esse sentido de amor ao local e a história de trabalho da minha família – meu pais e irmãos, na propriedade é que seguimos esse legado de proteção da beleza cênica e da natureza existente no local, em caráter perpétuo, para as presentes e as futuras gerações. ”

José Sávio Monteiro – RPPN Pedra da Mina, Queluz/ SP

Dia 27 de maio – Dia da Mata Atlântica! Preserve!
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“Minha RPPN e a Mata Atlântica”

“”Mediante contratação e capacitação de mão-de-obra local, e o fomento do Turismo Sustentável, o Instituto Manacá e a Fazenda Elguero utilizam a RPPN DE TRÁPAGA como palco para o desenvolvimento de pesquisas científicas e ecoturismo, como a Observação de Aves (Birdwatching). “”

MUITO LEGAL E INSPIRADOR! Gestor da RPPN de Trápaga, o Instituto Manacá nos conta um pouquinho sobre a reserva e seu trabalho por lá!

“”A Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) de Trápaga preserva 70 hectares de Mata Atlântica na Fazenda Elguero, município de São Miguel Arcanjo, bacia do Alto Paranapanema.

Constituindo parte do Continuum Ecológico do Paranapiacaba, em seus ecossistemas ocorrem diversas espécies ameaçadas de extinção, como:

*a anta (Tapirus terrestris),
*a onça-parda (Puma concolor), e
*o mico-leão-preto (Leontopithecus chrysopygus) – espécie símbolo desta Unidade de Conservação particular.

Este importante remanescente de um dos biomas mais ameaçados, recebeu o apoio internacional da The Mohamed bin Zayed Species Conservation Fund, International Primatological Society e a The Rufford Foundation; e apoio nacional da Deuter e Fazenda Elguero para a sua criação, gestão e desenvolvimento.

A Fazenda Elguero é uma propriedade rural de produção de frutas e de resina de pinus. Possuindo uma grande parcela de remanescentes de Mata Atlântica, incluindo a RPPN de Trápaga, a Fazenda Elguero torna-se importante propriedade privativa na manutenção da biodiversidade.

Seus proprietários possuem grande respeito e admiração pelas florestas e animais que existem em seu território – e apoiam diversos trabalhos técnico-científicos, executados pelo Instituto Manacá, dentro de seus limites.

A possibilidade de chancelar importante remanescente de Mata Atlântica em uma RPPN vem trazendo fomento à região e as comunidades do entorno, com o incentivo da sustentabilidade.

Mediante contratação e capacitação de mão-de-obra local, e o fomento do Turismo Sustentável, o Instituto Manacá e a Fazenda Elguero utilizam a RPPN de Trápaga como palco para o desenvolvimento de pesquisas científicas e ecoturismo, como a Observação de Aves (Birdwatching).

Até o momento foram desenvolvidos diversos de pesquisa científica, entre eles:

*Programa de Conservação da Anta,
*Programa de Conservação do Mico-leão-preto,
*Uso e Ocupação por Mamíferos de Médio e Grande Porte e o
Levantamento de Avifauna;
*bem como um grande projeto de ecoturismo, intitulado Vale
das Arapongas, cujo qual foi licenciado pela CETESB.

Todas estas frentes tornaram-se possível devido a criação da RPPN de Trápaga pela Fundação Florestal, com grande apoio da Fazenda Elguero, executada pelo Instituto Manacá. Neste momento, o Instituto Manacá está em vias de elaborar o seu Zoneamento como subsídio para o Plano de Manejo da RPPN de Trápaga.””

Pietro Scarascia – Instituto Manacá

RPPN de Trápaga – São Miguel Arcanjo/ SP

Dia 27 de maio – Dia da Mata Atlântica! Preserve!
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“Minha RPPN e a Mata Atlântica”

“VIVER NA MATA ATLÂNTICA” é o título do depoimento de Sr. João Yuasa e Sra. Maria Helena Chiarugi Yuasa sobre as peripécias de morar na propriedade rural adquirida em 1973…
“É um sonho. É um privilégio”.

“Foi querendo perpetuar esse privilégio, essa beleza de remanescente da mata atlântica, com bosque de samambaias –uçus, tapetes de bromélias multicores, arroio de água límpida correndo entre pedras cobertas de musgo, ouvir o choro do córrego, o som da cachoeira, que resolvemos criar a RPPN Águas Claras (significado de Paraitinga).”

“VIVER NA MATA ATLÂNTICA”

“”Oriundos de São Paulo, capital, eu e minha esposa, ambos com 74 anos de idade, estamos morando definitivamente em nossa propriedade rural, a 19 km do centro da cidade de São Luís do Paraitinga, desde 2004. Ela foi adquirida em 1973.

Morar aqui, no meio da Mata Atlântica, em contato direto com flora e fauna, respirando ar puro – poluição zero – significa usufruir de um baita privilégio.

Privilégio, dormir na quietude da noite, acordar com o linguajar dos jacus e das seriemas que vem nos procurar na janela do quarto, acompanhar o crescimento e evolução da flora, a busca pelos gravetos para as aves fazerem seus ninhos, ver os novos filhotes, primeiro aos cuidados dos pais, depois adultos e já autônomos e independentes.

Acompanhar as mudanças do tempo, o nascer e o pôr do sol, a passagem da lua em suas várias fases, olhar o céu estrelado, através dos vultos das árvores, a aproximação das nuvens de chuva, sentir a alegria das plantas ao receber água, ouvir as folhas caindo, observar flores se abrindo, pássaros cantando.

Ouvir pássaros visitantes, e de vez em quando, correr atrás de cavalo e de gado que invadiram a plantação. Colher frutas, fazer sucos, geleias, conservas, licores, fazer o próprio pão, os próprios derivados do leite, como queijos, iogurte, manteiga, fazer o próprio presunto, reduzir o consumo de produtos industrializados.

Colher brotos de bambu, escolher plantas alimentícias não convencionais, aplicar conhecimentos tradicionais de medicamentos naturais. Rebocar veículos encalhados, até caminhões.

É um sonho. É um privilégio.

Foi querendo perpetuar esse privilégio, essa beleza de remanescente da mata atlântica, com bosque de samambaias –uçus, tapetes de bromélias multicores, arroio de água límpida correndo entre pedras cobertas de musgo, ouvir o choro do córrego, o som da cachoeira, que resolvemos criar a RPPN Águas Claras (significado de Paraitinga).

Queremos compartilhar com os filhos, netos e bisnetos e gerações vindouras, a com outras pessoas não familiares. Assim resolvemos criar a Ecopousada João Y Maria, para que os que estão afinados com a estética, a natureza, a criação e o Criador possam também usufruir.

Mais para compartilhar e menos “businnes”.

Não somos donos proprietários. Somos os zeladores enquanto estivermos vivos.””

João Yuasa e Maria Helena Chiarugi Yuasa

RPPN Águas Claras – São Luís do Paraitinga/ SP
Site : www.joaoymaria.com.br

Dia 27 de maio – Dia da Mata Atlântica! Preserve!
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“Minha RPPN e a Mata Atlântica”

RPPN MEANDROS I, II e II

IBIÚNA/SP

 

RPPN RESERVA ECOLÓGICA AMADEU BOTELHO

JAÚ/SP

 

RPPN ESTÂNCIA JATOBÁ

JAGUARIÚNA/SP

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Comunicação FREPESP 
Ana Celina Tiburcio 
Comunicação e Conteúdo Ambiental