Conservação Voluntária da Natureza
NOVAS VOZES E NOVOS HORIZONTES EM PROL DA CONSERVAÇÃO VOLUNTÁRIA PAULISTA TEM LARGADA EM BERTIOGA
Novembro/2017
NOVAS VOZES E NOVOS HORIZONTES EM PROL DA
CONSERVAÇÃO VOLUNTÁRIA PAULISTA TEM LARGADA EM BERTIOGA
Vivência na natureza, integração e troca de conhecimento e ideias sobre Reserva Particular do Patrimônio Natural – RPPN, Biodiversidade e o Movimento da Conservação Voluntária marcaram o encontro “O Jovem e a Conservação Voluntária” que aconteceu no Sesc Bertioga, no dia 10 de novembro.
Com o intuito de despertar o olhar em relação às oportunidades de negócio junto ao espírito empreendedor do jovem – e desenvolvimento sustentável a partir da conservação da biodiversidade, o evento recebeu cerca de 65 pessoas – sendo a maioria, jovens.
As boas vindas ao evento foi realizada por Tainá Carioba, herdeira da RPPN Reserva Ecológica Amadeu Botelho – Jaú/SP, que contou um pouquinho de sua relação com a natureza desde criança e como esse contato positivo a faz entender a íntima relação “Homem e Natureza”.
Em seguida, convidou a todos para um passeio em ambientes naturais em Bertioga.
ATIVIDADE AO AR LIVRE
A manhã cinzenta em Bertioga foi se tornando ensolarada e colorida no decorrer das visitas à Reserva Natural Sesc e na Praia de Itaguaré onde conhecemos melhor uns aos outros e, também, sobre biodiversidade e história locais, e impactos ambientais.
RESERVA NATURAL SESC. Uma área de floresta com 60 hectares (equivalente a 60 campos de futebol) com grande variedade de fauna e flora de restinga localizada na zona urbana de Bertioga.
No Ponto de Atendimento da Reserva Natural Sesc conhecemos curiosidades sobre os animais e plantas ali encontrados, sobre os projetos desenvolvidos com a comunidade do entorno – que culmina no estudo e elaboração do Plano de Manejo da Reserva – realizado de forma participativa e o que valoriza ainda mais a conservação da biodiversidade e a interação com o Homem.
Um ponto muito interessante do ponto de atendimento da Reserva Natural é que o espaço é voltado para “público universal” – que considera questões como acessibilidade e estruturas acessíveis como fotos táteis e uma maquete tátil do projeto da primeira trilha da Reserva.
PRAIA DE ITAGUARÉ. Com cerca de 3 km² de beleza cênica, é considerada um dos últimos redutos expressivos de vegetação intocada na Baixada Santista. Nela existem importantes remanescentes da mata de Jundu, vegetação bastante degradada e em risco de extinção.
Jovens residentes de Bertioga trocaram com todos que apesar de sua beleza e preservação, além dos riscos de degradação, o local sofre com a pressão imobiliária – este mercado cobiça a área da Praia de Itaguaré numa disputa acirrada com os moradores e os ambientalistas que lutam para que a área continue preservada.
Numa atividade promovida pelo Sesc, com atenção e consciência foi possível aguçar a percepção do jovem sobre a presença e importância dos elementos naturais e em relação a sua preservação, e como o Homem vem usufruindo dos ambientes naturais.
INTRODUÇÃO AO MOVIMENTO EM PROL DA CONSERVAÇÃO VOLUNTÁRIA
A partir destas reflexões, o encontro buscou apresentar ao jovem o Movimento da Conservação Voluntária – quem são seus atores e atividades que acontecem e que aconteceram nos últimos anos do Movimento.
Pela tarde, então, mais do que apresentar o Movimento paulista – que faz parte de um contexto nacional, o objetivo foi convidar o jovem para fazer parte do Movimento da Conservação Voluntária ajudando a pensar e construir diretrizes para que ele se mantenha vivo e atuante hoje, amanhã e depois…como forma de empreender a sustentabilidade local no seu mais amplo sentido!
“WORLD CAFÉ”
No formato da metodologia “world café”, formou se grupos para dialogar e levantar informações sobre como sensibilizar e engajar os jovens nesta causa. Este processo de construção passa também pelo entendimento do que eles esperam em relação a conhecimentos e ações, e o que já pode ser feito.
A diversidade de pessoas e de ideias foi linda e a turma reunida mandou muito bem na tarefa! Sem dúvida, já fazem parte desta história que queremos deixar mais bonita e sustentável para todos!
Alguns apontamentos dos jovens passam pela educação ambiental dentro e fora das escolas e universidades, protagonismo para agir em sua localidade, informação e trocas em redes sociais, entretenimento, e mais eventos como “O Jovem e a Conservação Voluntária” – que integra vivência, conversas sobre a realidade e biodiversidade locais.
Especificamente dos herdeiros de RPPNs, aparecem questões sobre a necessidade de melhor conhecimento sobre a instituição RPPN e como chegar a tão sonhada sustentabilidade financeira. Qualquer semelhança não é mera coincidência em relação aos seus pais.
Assim, também será com a fundamental participação de RPPNistas – jovens ou não – que o fortalecimento e consequente aprimoramento para a melhor gestão das RPPNs se concretizará.
BALANÇO
- Vivência na maravilhosa natureza da Praia de Itaguaré e da Reserva Natural do Sesc Bertioga;
- Bate papo sobre RPPNs, Biodiversidade e o Movimento em prol da Conservação Voluntária;
- Reflexões sobre o Homem e o Meio Ambiente;
- Dinâmica com troca de ideias;
- Troca de experiências e conhecimento;
- Música ao vivo;
- Integração e novas amizades marcaram o encontro que semeou fôlego para novas vozes, novas visões e novos horizontes em prol da conservação da natureza!
- Cerca de 65 pessoas participaram do evento.
CONSIDERAÇÕES E AGRADECIMENTO
Você, como estudante e/ou profissionalmente, continue pensando como é possível fazer para acontecer o desenvolvimento sustentável a partir da conservação da biodiversidade de onde se vive.
Compartilhe ideias e opiniões com a gente! Vamos continuar mantendo contato… pelo facebook da FREPESP e/ ou e-mail.
Você pode encontrar informações sobre as RPPNs paulistas e o Movimento, aqui, no site da FREPESP.
Para conferir as fotos na página do facebook da FREPESP, clique aqui! Acompanhe nossa página e deixe lá seu comentário sobre o que achou do evento…e outros.
A FREPESP agradece o apoio e parceria das organizações: Fundação Florestal, Ecofuturo, WWF-Brasil, SESC SP e Sesc Bertioga na realização deste encontro!
Agradece a presença dos jovens herdeiros (filhos de proprietários das RPPNs Reserva Ecológica Amadeu Botelho, Hercules Florence, Meandros e Vale Verdejante) – clique em cada uma delas e conheça um pouquinho sobre.
Bem como todos os demais jovens interessados também em fazer a mudança que queremos ver no mundo…e que estiveram representados por meio da EE Prof. Archimedes Bava, Aldeia Rio Silveiras-Guarani, GEA, Rádio Reserva, CRAS, Senac Bertioga, APA Marinha Litoral Centro, e demais profissionais e instituições de diferentes localidades do Estado.
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SAIBA MAIS
PRAIA DE ITAGUARÉ. O nome Itaguaré vem do Tupi e significa pedra das garças. O Rio Itaguaré pertence a Bacia Hidrográfica da Baixada Santista e localiza-se no perímetro municipal da cidade de Bertioga. Sua vegetação abrange o mangue, a mata atlântica, mata de várzea e restinga.
Deságua em uma praia que carrega o nome do rio, a Praia de Itaguaré. O rio Itaguaré possui 12,5 km de extensão dos quais 4 km são apropriados a prática de canoagem. A região da praia onde desemboca o rio é bastante apreciado por turistas e surfistas locais.
Mesmo sem ter sido atingida pela degradação ambiental causada por empreendimentos imobiliários, a Praia de Itaguaré tem sofrido alguns danos, por conta dos resíduos trazidos principalmente pelo Rio Itaguaré e depositados nas areias da praia.
Vez ou outra a própria comunidade da região da Praia de Itaguaré se une para recolher os resíduos e limpar a praia, ação cuja responsabilidade é da municipalidade de Bertioga.
Fonte: Wikipedia
O JOVEM E A CONSERVAÇÃO VOLUNTÁRIA. Esta é uma reflexão que desponta e vem ganhando adeptos na discussão – tanto em nível estadual como nacional do Movimento, já que há um crescimento no número de RPPNs – ao mesmo tempo que as mais antigas acompanham o inevitável envelhecimento de seus instituidores, outras não possuem herdeiros ou, também, interessados em perpetuar a gestão da RPPN.
É neste sentido que o consultor ambiental e Mestre em Conservação da Biodiversidade e Desenvolvimento Sustentável, Flávio Ojidos, pontua e avalia a situação em seu trabalho “CONSERVAÇÃO EM CICLO CONTÍNUO: Modelo de gestão para financiamento de Reserva Particular do Patrimônio Natural, IPÊ, 2017, como no trecho abaixo:
No âmbito das associações estaduais e mesmo em nível nacional, não temos percebido uma renovação dos quadros, com o ingresso dos jovens, herdeiros de RPPNistas, interessados em atuar, conhecer melhor o movimento e assumir as rédeas do compromisso firmado pelos seus pais.
Essa realidade é preocupante, já que um dos pontos mais fortes da RPPN é justamente o fato de que sua criação nasce do desejo do seu instituidor. Quando esse falece, se não houver a mesma motivação de “cuidado” no herdeiro, corremos o risco de presenciarmos RPPNs de papel dentro de alguns anos.”
Desta forma, mais que herdeiros interessados na conservação da natureza, o movimento busca incentivos, parcerias/cooperação e inovação para desenvolver e concretizar a melhor gestão das Reservas Ecológicas Particulares. Entendendo que casos de sucesso são ótimos para a conservação da biodiversidade, além de fomentar a criação de novas RPPNs.
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Comunicação FREPESP
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